Artista da Naughty Dog descreve como foi entrevista de emprego em que revelou ter se sentido representado por Bill em The Last of Us

Em uma série de tweets publicados por Boon Cotter, membro da Naughty Dog responsável por aplicar efeitos de iluminação em jogos do estúdio, o artista revelou através do microblog sua experiência antes de entrar para o seleto time de desenvolvedores.

Durante a entrevista de emprego, na ocasião conduzida por Bruce Straley – diretor de The Last of Us que está em um ano sabático e que deve voltar ao batente em breve, ele disse que saiu da Austrália, país onde morava, até os Estados Unidos, com o pensamento de que não seria contratado, mas que valeria a pena por conhecer as pessoas que tanto admirava e que se sentiu como uma criança na Disneylândia.

Durante a entrevista, Bruce Straley entrou e eu meio que borrei as calças um pouco. Ele fez algumas perguntas e dei respostas horríveis.

Então ele perguntou “Por que quer trabalhar na Naughty Dog?”. Dei uma resposta verdadeira, mas clichê. Vocês são os melhores, blá blá.

Logo em seguida, Cotter abriu seu coração e disse que pela primeira vez se sentiu representado em um game, especialmente por Bill em The Last of Us. Pelo fato de o personagem ser gay e estar fora dos estereótipos.

Contei-lhes que era a primeira vez que vi um homem gay retratado como rude, masculino, com um tipo de caráter tragicamente heroico.

Ele não era um pontapé para uma piada. Ele não era abertamente estereotipado. Muitos jogadores nem sequer respondem que ele era gay.

Disse a eles que me vi representado pela primeira vez. Um personagem de corpo grande, peludo, papai-urso, um cara que eu respeitei e compreendi.

Que me deixou apaixonado por todos lá. E dizer isso para eles me fez começar a chorar. Quem diabos chora em uma entrevista de emprego?

Nas palavras dele, 3 horas mais tarde, ele estava tomando margaritas em Los Angeles e contratado para trabalhar em sua empresa de jogos favorita, no qual o rendeu uma boa história para contar e um aprendizado para a vida inteira.

Moral da história: Não subestime a autenticidade. Seja cru, vulnerável, seja real. É onde brilha a sua singularidade.